terça-feira, julho 26, 2011

Sobre Efeito

Aqui ficam 9 desenhos feitos por um artista durante um estudo norte-americano nos finais dos anos 50 sobre o efeito de drogas, neste caso o famoso LSD. O tema do desenho era o médico que estava a realizar o estudo.

Primeiro desenho, 20 minutos após a primeira dose:
Artista-"Aparentemente normal. Nenhum efeito notório da droga"

 Segundo desenho, 85 minutos depois da primeira dose e 20 minutos depois da segunda, o artista parece eufórico:
 "Eu consigo ver-te claramente, tão claramente. Isto...tu...é tudo... Estou a ter alguns problemas a controlar este lápis. Parece que quer continuar."

Terceiro desenho, 2 horas e 30 minutos depois da primeira dose, o paciente parece bastante empenhado no desenho:
"Os contornos parecem normais, mas mais vivos - está tudo a mudar de cor. A minha mão tem de seguir os traços das linhas. Eu sinto como se a minha consciência estivesse situada na parte do meu corpo que está activa - minha mão, meu cotovelo...minha língua"

Quarto desenho 2 horas e 32 minutos depois da primeira dose, o paciente parece estar dominado pelo bloco de papel:
 "Estou a tentar outro desenho. Os conornos do modelo são normais, mas os que estou a desenhar não estão. O traço da minha mão também está a ficar esquisito. Não é lá grande desenho, pois não? Desisto - Vou tentar de novo"

Quinto desenho, 2 horas 35 minutos depois da primeira dose, o paciente começa rapidamente a fazer outro desenho:
"Vou fazer o desenho de uma vez...sem parar...uma linha, sem quebras!"

Após terminar o paciente começa a rir-se, depois assusta-se com qualquer coisa no chão.

 Sexto desenho, 2 horas 45 minutos depois da primeira dose, o paciente torna-se agitado - responde lentamente à sugestão de que talvez pudesse gostar de desenhar mais alguma coisa. Torna-se bastante "não verbal":
 "Eu estou... tudo está... mudado... eles estão a chamar... tua cara... entrelaçados... quem é..."
  O paciente murmura coisas inaudíveis soa como "Obrigado pela memória"

Sétimo desenho, 4 horas 25 minutos depois da primeira dose, o paciente deita-se durante duas horas, o seu retorno para os desenhos é deliberado, mudando de lápis para caneta e aguarelas:
"Este vai ser o melhor desenho, como o primeiro, mas melhor. Se eu não for cuidadoso vou perder o controlo dos movimentos, mas não vou, porque eu sei. Eu sei" Esta última frase é repetida várias vezes.

 O paciente faz os últimos riscos enquanto corre pela sala.

Oitavo desenho, 5 horas e 45 minutos depois da primeira dose, o paciente continua a mover-se pela sala, parece estar a ficar mais lúcido:
"Eu consigo sentir os joelho de novo, acho que está a acalmar. Este desenho é bastante bom - este lápis é um pouco difícil de segurar" - Está a segurar um lápis de carvão.

Nono desenho, 8 horas após a primeira dose, o paciente senta-se. Diz que já está quase sóbrio, exepto os rostos que parece continuarem um pouco distorcidos. Pede-se um último desenho, ao qual ele concede sem grande entusiasmo:
"Não tenho nada a dizer sobre este último desenho, é mau e desinteressante, quero ir para casa agora."

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